Sem celebrações na rua, Semana Santa assinala-se com recriação de procissões no digital

Sem possibilidade de assinalar as celebrações litúrgicas e procissões nas ruas, a Semana Santa de Braga de 2021 vai ser celebrada maioritariamente no digital.

Em virtude das restrições à circulação causadas pela pandemia da Covid-19, a programação, que vai decorrer entre os dias 17 de fevereiro e 4 de abril – dia de Páscoa -, vai procurar abordar, através dos canais digitais, “a dimensão catequética, a história e os principais quadros” das procissões, sinalizou hoje o Presidente da Comissão da Semana Santa de Braga, o Cónego Avelino Marques Amorim, na apresentação do programa que decorreu no Tesouro -Museu da Sé, sem a presença de público.

Uma das principais recriações acontece no dia 31 de março, com o cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo”, conhecido popularmente como a procissão da Senhora da Burrinha, organizada pela Junta de S. Victor. 

O presidente da freguesia, Ricardo Silva, explicou na apresentação do programa que o momento, este ano no digital, vai “tentar ir mostrando, quadro a quadro, aquilo que seria a procissão”, antes de ter lamentado que, por causa das restrições, não será possível testemunhar a habitual “lição de história ao vivo” da procissão.

Outra das instituições associadas à Semana Santa é a Irmandade da Misercórdia de Braga, que vai adaptar as suas igrejas para a transmissão das cerimónias litúrgicas, tal como a Irmandade de Santa Cruz, que inaugurará, no dia 12 de março, a exposição “Consummatum Est”, dedicada à arte sacra do seu acervo, patente na Igreja de Santa Cruz.

Na dimensão cultural, destaca-se ainda, no dia 31 de março no Espaço Vita, o lançamento do livro “A Semana Santa em Braga”, com textos de Rui Ferreira e fotografias de Hugo Delgado, e o espetáculo “Requiem, Op. 23, de João Domingos Bomtempo”, interpretado pela Orquestra do Norte, previsto acontecer no dia 30 de março no Altice Forum Braga.


Autarquia diz que Semana Santa, mesmo com as restrições, “continua a ser fator de união”

Também presente na apresentação do programa, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, enfatizou que a Semana Santa, “mesmo nestas circunstâncias, continua a ser um fator de agregação e união de instituições e de cidadãos, que continuam a trabalhar em prol do desenvolvimento da cidade”.


Já o presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, assinalou que a Semana Santa “é o maior evento religioso de Portugal”, antecipando que o evento possa decorrer nas ruas em 2022, enquanto que o presidente da Associação Comercial de Braga, Domingos Macedo Barbosa, expressou o desejo de “que o comércio possa estar numa fase de reabertura na semana que antecede a Páscoa”, ou seja, de 29 de março a 3 de abril.

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Pedro Magalhães
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