Aproximação da UMinho ao centro de Braga debatida pelos candidatos

A ligação da Rua Nova de Santa Cruz à Rua D. Pedro V, para aproximar a UMinho ao centro da cidade, divide os candidatos à Câmara Municipal de Braga.
Este foi um dos assuntos abordados, esta quarta-feira, no debate promovido pela RUM, o último entre os dez candidatos nas autárquicas de 2025.
Se há quem considere necessária a semaforização da Av. Padre Júlio Fragata, também há quem defenda a ligação através de um túnel.
Ricardo Silva, do Movimento Amar e Servir Braga, diz que é precisa “coragem política” para intervencionar aquela zona da cidade e “coser aquilo que é uma cicatriz no meio urbano”. “É uma zona que precisa de ordenamento, tem que ser humanizada para acabar com cariz de cintura rodoviária que não tem qualquer tipo de humanização e que despromove a qualidade de vida dos cidadãos”, argumentou.
Para António Braga, do PS, a ligação e atravessamento da Avenida Padre Júlio Fragata deve ser feita através de “semáforos ao nível”. O socialista reafirma a importância de ser “o metro ligeiro superfície” a ligar “as pontas da cidade ao centro”.
Pela Iniciativa Liberal, o candidato Rui Rocha coloca em cima da mesa as duas possibilidades: “túnel ou semáforos”, mas qualquer que seja a opção tem que ser “estudada”. “Tem que ser uma concretização dentro das opções técnicas e económicas disponíveis, conciliando um atravessamento pedonal/ ciclável e também transportes públicos”, acrescentou.
Hugo Varanda, do MPT, quer ligar Braga através de ciclovias e criticou “as estradas cheias de buracos” sem especificar a solução que considera ideal.
Também o Livre, pela voz de Carlos Fragoso, entende ser necessária uma visão global da mobilidade. “Temos de resolver o problema das periferias, dos carros que entram na cidade, e termos transportes públicos”, apontou.
A CDU quer “estudar uma solução de prolongamento do túnel, que passa por baixo da rodovia”, e, “pela parte de cima, fazer a ligação à Rua Nova de Santa Cruz”. “É preciso interligar isto com outra medida estruturante que é a nova Variante Externa de Braga, transformando aquilo numa alameda e, fazendo uma interceção de semáforos, conseguimos libertar essa via para criar uma ligação direta da universidade ao centro da cidade”, acrescentou João Baptista.
Mónica Lopes, que substituiu Filipe Aguiar, candidato do Chega no debate, concorda com a visão do comunista e acrescenta a necessidade de “estudar outras maneiras de chegar à Universidade que sejam igualmente rápidas” ainda que este não seja um tópico abordado no programa eleitoral.
Francisco Pimentel Torres, candidato do ADN, acredita que “uma passagem desnivelada seria fundamental”.”No nosso programa temos a conversão dessa circular de um centro comercial ao outro em alameda, uma zona muito mais lenta para trânsito e mais dedicada ao peão e a ciclovia”, especifica.
António Lima, candidato do BE, também defende uma solução que passe pela semaforização. “A Rua D. Pedro V não é obstáculo e pode ter dois sentidos para transporte público e um sentido para privado”, denotou.
João Rodrigues, da coligação Juntos por Braga, diz que transformar a Rua D. Pedro V “numa zona pedonável e ciclável, sem haver uma alternativa, como o BRT ou a circular externa seria um desastre”. O social democrata também não concorda com a semaforização na Avenida Padre Júlio Fragata, por considerar que, “ao fim de alguns minutos, o trânsito dava um nó”. Por isso, a sua posição é que “Fica como está enquanto não houver circular externa”.
Os dez candidatos à Câmara de Braga participaram ontem no debate promovido pela RUM, o último antes das eleições de domingo.
Pode assistir ao debate na íntegra nas redes sociais da RUM ou ouvi-lo, em podcast, em rum.pt.
