“Sempre houve e haverá disponibilidade para falar com os estudantes internacionais”

Rui Vieira de Castro garante que a Universidade do Minho está totalmente disponível para continuar a auxiliar os estudantes internacionais. A reacção do reitor surge depois de um grupo de 80 alunos brasileiros e angolanos ter reclamado mais apoio e maior inclusão.

O grupo liderado por Taynã Noschese, fundador da Associação de Estudantes de Criminologia, refere que cerca de 50 estudantes já desistiram da Universidade do Minho desde o início da pandemia e que mais uma dezena está a pensar fazer o mesmo.

De acordo com o responsável máximo da instituição de Ensino Superior, é “muito difícil perceber se corresponde à realidade”, explicando que os dados que tem “não apontam para números dessa ordem” e que pode ter acontecido o facto de “alguns estudantes não terem formalizado a desistência”. 


De qualquer forma, esclarece que “sempre houve e haverá disponibilidade para falar com as pessoas que fazem parte da universidade, incluindo com os alunos internacionais”. Rui Vieira de Castro destaca que os SASUM – Serviços de Ação Social da Universidade do Minho, ao longo dos últimos meses, “apoiaram estudantes estrangeiros com alojamento e alimentação, que, por razões diversas, não puderam regressar aos respectivos países”.

Entre os problemas apontados pelo movimento de estudantes internacionais estão o preço das propinas e a ausência de apoios monetários através de mecanismos de acção social direta. O reitor reconhece a limitação legal existente, que faz com que não se possam candidatar a bolsas do Estado. 


Contudo, refere que, na Universidade do Minho, esses alunos “beneficiam de preços reduzidos na utilização das cantinas ou das residências. “Há sempre aqui alguns benefícios. São beneificários de acção social indireta e alguma mudança só poderá ser feita por modificação do estatuto de estudante internacional”, explica.



Reitor garante que já existe apoio para alunos da CPLP

No que diz respeito às propinas e a eventuais acordos que possam haver no seio da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para as baixar, enaltece que este ano, no mestrado e no doutoramento, “já existe alguma vantagem no preço para alunos oriundos desses países em relação a estudantes de outras nações”.

Outra questão comentada pelo reitor da Universidade do Minho foi o facto de o grupo de alunos internacionais não se ter sentido incluído no início do ano lectivo. Devido à pandemia, este ano, não houve uma sessão de acolhimento dedicada exclusivamente a esses estudantes. 


Rui Vieira de Castro espera que, em 2021/2022 se possa “voltar ao modelo anterior”, reconhecendo que “a experiência deste ano foi muito diferente em relação aos colegas que estão há mais tempo na universidade”. No entanto, esclarece que isso foi “sentido por todos os alunos, sendo internacionais ou não”. 


O reitor lembra ainda que centenas de estudantes da academia minhota voluntariaram-se, através do Programa de embaixadores, para auxiliar na integração dos colegas recém-chegados.

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Tiago Barquinha
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