Setor dos casamentos pode “desaparecer” em 2021

O setor dos casamentos pode estar em risco de desaparecer, em 2021, devido à situação pandémica originada pelo vírus SARS-COV-2 e pela falta de planeamento do Governo português. Segundo o estudo realizado, no final de Dezembro, pela BestEvents e a revista “I Love Brides”, apenas 16% das comemorações de casamento tiveram lugar em 2020, sendo que 34,2% das empresas tiveram perdas de faturação na ordem dos 90%. Já 18% não teve qualquer faturação.

Ouvido pela RUM, Jorge Ferreira, da BestEvents, garante que “não acredita que existam muitas empresas que consigam estar dois anos consecutivos sem faturar”, logo “pode ser que haja um setor que desapareça” caso o ano de 2021 seja semelhante ao anterior. 

As empresas do setor de casamentos em Portugal empregam diretamente 150.000 pessoas e representam 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, ou seja, cerca de 4 mil milhões de euros.


O responsável apela ao Governo que transmita “um sinal de confiança” para a sociedade, caso contrário as perspetivas de negócio vão manter-se muito complicadas. Os empresários pedem que seja estipulada uma data para o arranque das celebrações, visto que este é um setor sazonal que funciona de Março a Outubro. “Aquilo que ficar decidido hoje terá impacto daqui a 5 ou 6 meses”, neste setor.

66,2% dos casamentos foram adiados para este ano, 7,7% para 2022 e 26,1% foram mesmo cancelados.

À RUM, Jorge Ferreira elenca algumas das propostas apresentadas ao executivo central para conseguir criar “bolhas de segurança nos eventos”.

“Queremos propor testes rápidos como já acontece nos programas de televisão. Estes podem ser feitos nas próprias quintas, que terão de estabelecer protocolos, ou então estabelecer que os convidados devem apresentar um teste PCR negativo feito até 72horas antes da cerimónia. Outra solução que apresentamos ao Governo, passa por utilizar a rede de farmácias de forma massiva para fazer testes rápidos”, refere.

Apesar do estudo não ter incidido sobre o número de despedimentos e falências, Jorge Ferreira frisa que de acordo com a Associação Portuguesa dos Profissionais da Imagem, 40% das 7 mil empresas que compõem este setor já fecharam portas. Quanto ao lay-off, não tem conseguido manter grande parte dos postos de trabalho, uma vez que as empresas estão paradas.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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