Sindicato acredita que “maioria dos investigadores em fim de contrato pode ser integrado”

O novo presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior acredita que a maioria dos cerca de dois mil investigadores que terminam contrato no próximo ano podem ser integrados na carreira de investigação científica e nas universidades.

Recorde-se que, em 2016/2017, os investigadores foram contratados a prazo, ao abrigo de uma norma transitória. Estes contratos terminam em 2024 e esses profissionais desconhecem qual será o seu futuro imediato.

José Moreira, que sucede a Mariana Gaio Alves na direção do Sindicato, em entrevista à RUM, diz que esta situação “tem de ser resolvida, com esforço das instituições e da tutela em integrar estas pessoas”. 

 “A maioria destes investigadores foi integrado com vencimentos bastante abaixo dos valores da carreira de investigação científica”, lamentou. Para o dirigente, “a maioria destas pessoas tem condições para ser integrado quer na carreira de investigação científica, quer dentro das universidades e institutos politécnicos”. José Moreira lembra ainda que há um outro problema no Ensino Superior, que está relacionado com “o envelhecimento dos docentes de carreira”, ou seja, “nos próximos 10 anos o sistema vai entrar também em colapso”, sendo, por isso, esta “uma oportunidade para algumas destas pessoas serem integradas nas instituições de ensino superior e na carreira de investigação”.

“Ao contrário da preocupação de alguns dos reitores, não nos parece que a integração destas pessoas vá fazer com que não entre mais ninguém no sistema, porque, felizmente, o nosso sistema científico está em crescimento, mas, infelizmente, ainda é um sistema débil, a quantidade de doutorados que nós temos no país é relativamente pequena”, justificou. O novo presidente SNESUP diz ser “preciso dar uma perspetiva de carreira e de integração a todas estas pessoas, que dizem que são as mais bem preparadas do país”.

José Moreira assume, a partir de hoje, a direção do Sindicato Nacional do Ensino Superior, substituindo no cargo Mariana Gaio Alves. Em entrevista à RUM, o professor da Universidade do Algarve apontou como prioridade para este mandato a valorização salarial e o combate à precariedade laboral dos docentes e investigadores.

A RUM tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,mas, até ao momento, não obteve resposta.

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Liliana Oliveira
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