Projeto europeu quer contribuir para uma circulação a pé mais segura nas cidades
O projeto Smart Pedestrian Net – Smart Cities are Walkable (SPN) terminou em Outubro de 2020, mas a ambição passa por criar condições para que seja aplicado em mais cidades. A ideia passa por contribuir para uma circulação a pé mais segura e cómoda. O projeto surgiu a partir do trabalho de doutoramento da investigadora Mona Jabbari que realizou uma análise sobre as redes urbanas de circulação a pé.
Rui Ramos, investigador do Centro de Território, Ambiente e Construção da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, é o convidado desta semana do UM I&D.
A investigação foi desenvolvida em parceira com a Universidade de Bolonha, a Universidade Europeia do Chipre e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável e Inovador em Economia, Ambiente e Sociedade da Áustria.
Neste projeto foram identificadas caraterísticas que fazem a diferença no momento de cativar ou dissuadir as pessoas de circular a pé nas cidades. Segundo o investigador esses fatores podem estar relacionados com o espaço construído, ou seja, se as ruas estão em bom estado de conservação ou se a inclinação dificulta ou facilita o trajeto. Além disso, existem fatores de ambiente social relacionados com o ambiente nas ruas. “Se estamos a falar de uma zona em que existe mais criminalidade no ambiente da rua torna-se menos atrativa”, explica.
Para perceber quais os diferentes percursos que os cidadãos fazem dentro das cidades, os investigadores desenvolveram a aplicação Smart Pedestrian Assistant (SPA) que já está disponível para o sistema Android. A app foi testada nas cidades do Porto e Bolonha.
No futuro, os dados recolhidos pela aplicação podem ajudar os Municípios a identificar os locais mais utilizados para passeios a pé, assim como a sinalizar situações em que as autarquias devem intervir, de modo a melhorar passeios, sinalização, passadeiras, entre outros.
