STOP denuncia falta de máscaras e higienização nas escolas

A menos de uma semana do arranque do novo ano lectivo existem inúmeras escolas que ainda não receberam equipamentos de proteção individual, a título de exemplo, máscaras para as crianças e jovens que regressam às salas de aula. A denúncia partiu do STOP – Sindicato de Todos os Professores – que garante que em vários estabelecimentos de ensino são as Associações de Pais que estão a adquirir tapetes e termómetros.
Além do mais, desde o início do mês de Setembro, chegaram ao STOP dezenas de denúncias de reuniões presenciais consideradas desnecessárias entre docentes para “consultar documentos ou para actividades como almoços convívio”. O dirigente do STOP, Pedro Xavier, considera estes actos um “desrespeito pelos alunos e profissionais em situação de risco”. “É uma situação desnecessária e descabida”, declara aos microfones da RUM.
Recorde-se que as diretrizes do Ministério da Educação e da Direção-Geral de Saúde recomendam o uso da via digital.
Outro aspecto preocupante prende-se com o facto de vários docentes afirmarem “reiteradamente” que os espaços onde ocorriam essas reuniões não eram posteriormente higienizados.
As denuncias chegam de todo o país. Na região Norte destaque para Cabeceiras de Basto, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde e Porto. No concelho de Braga existem algumas notificações, no entanto o STOP ainda não conseguiu confirmar as mesmas.
O STOP já fez chegar esta informação à Inspeção Geral do Ensino e Ciência e à DGS.
“Existe um mal-estar na comunidade educativa”, Pedro Xavier.
A carência de diretrizes claras da parte do Ministério da Educação levou o STOP a avançar com um pré-aviso de greve. Até amanhã, 10 de Setembro, está a decorrer uma sondagem nacional. Até agora já participaram 1.500 profissionais de educação, sendo que “70% consideram necessário este pré-aviso de greve”.
Faltam 6 mil assistentes operacionais nas escolas portuguesas.
“Há uma falta crónica de assistentes operacionais nos estabelecimentos de ensino em Portugal”, refere o dirigente sindical. Desde Março, que o STOP está a aguardar respostas nomeadamente em relação à situação dos profissionais de educação que integram grupos de risco.
Não está esclarecido se não possam ir trabalhar terão as faltas justificadas e se está previsto um reforço de meios. Além disso o STOP assegura que continuam a existir escolas em que não foi “permitido reduzir o número de alunos por turma”.
