Supermercados não vão poder vender vestuário e calçado

A partir da próxima segunda-feira, 18 de janeiro, os supermercados e hipermercados do país ficam proibidos de vender vestuário e calçado. São cada vez mais os estabelecimetos deste tipo que vendem estes produtos no seu interior.  O pedido há muito que tinha sido feito pelas associações representantes dos feirantes que acusam as grandes superfícies de concorrência desleal.

Ouvido esta manhã pela RUM, Artur Andrade, presidente da Associação de Feirantes do distrito do Porto, Douro e Minho revelou que os hipermercados vão passar a vender apenas produtos essenciais. “É uma das nossas preocupações. Entregamos ao governo um caderno de encargos e pelo que sei, os supermercados e hipermercados irão ser vedados a esse comércio a partir da próxima segunda-feira”, revelou. “Esperemos que essas medidas avancem realmente, caso contrário é uma injustiça tremenda para a concorrência dos negócios”, acrescentou.

A Associação alerta para uma crise “sem precedentes” e saúda a decisão do governo que permite o funcionamento dos mercados no que respeita à venda de produtos essenciais, ao contrário do que aconteceu no primeiro confinamento geral. “É uma medida que nos agrada porque não temos que encaminhar os nossos clientes que compram os produtos mais frescos e com mais qualidade, para grandes superfíceis”, referiu, garantindo que já se mentalizaram para o que vai acontecer.

Quantos aos apoios para feirantes, a maioria empresários em nome individual, Artur Andrade explica que vão ser idênticos aos do ano passado e de acordo com os rendimentos e descontos de cada comerciante. O representa alerta para a fragilidade destes vendedores. “Os apoios vão ser idênticos ao confinamento do ano passado, mas não dá para fazer face às dificuldades das famílias. Os feirantes são famílias inteiras que vivem desse comércio”, lembrou.

Famílias inteiras dependem de uma atividade que ficará encerrada pelo menos um mês e já depois de um ano “muito mau”

Hélder Oliveira, porta-voz dos vendedores de vestuário e calçado do mercado municipal de Braga condena o atraso no anúncio das medidas de apoio para o setor e lembra também que famílias inteiras dependem de uma atividade que ficará encerrada pelo menos um mês e já depois de um ano “muito mau”. Reconhecendo que o confinamento “é necessário”, o vendedor alertou para a concorrência desleal dos super e hipermercados. 

“A única coisa que não concordo é que os hipermercados possam vender os bens que são vendidos nas feiras ao ar livre, vestuário e calçado. Não está correto. Têm que estar aberto para bens essenciais, vendem só bens essenciais”, sustentou.

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Elsa Moura
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