Tiago Moreira, o jovem futebolista que sonha com o profissionalismo nos EUA

De Vila Nova de Famalicão para os Estados Unidos da América (EUA). Tiago Moreira busca o sonho de ser futebolista profissional, mas também não quer deixar os estudos para trás.


Aos 18 anos, o defesa-central minhoto frequenta o curso de Ciências da Computação na West Virgina University Tech e, no final da primeira época, conta no currículo com o título da Rivers States Conference, que alberga institutos dos estados de Kentucky, Indiana, Ohio, Pennsylvania e West Virginia.

Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, aproveitando o período da pausa natalícia, Tiago Moreira fala de “uma experiência inusitada e incrível”. “Cheguei lá com algum receio por estar num país diferente, mas, a pouco e pouco, fui-me habituando. O grupo que me acompanha é muito bom e ajudaram-me a adaptar”, salienta, acrescentando que há dois portugueses mais velhos na equipa.

Ao contrário do que acontece em Portugal, em que “a universidade está à parte do futebol”, lá é “tudo conjugado”, entre aulas e treinos. A primeira metade do ano letivo coincidiu com um calendário “sobrecarregado” do ponto de vista desportivo, com dois jogos por semana e “muitas viagens”. A competição oficial só regressa em agosto, sendo que, até lá, a equipa universitária vai continuar a treinar e a realizar jogos de preparação.


Agência que ajudou Neemias na base da ida para os EUA

Depois de completar o ensino secundário na Escola D. Sancho I, em Vila Nova de Famalicão, no último ano letivo, emergiu a possibilidade dos EUA. Tiago Moreira lembra que foi necessário passar por “um processo bastante longo”. Aconselhado por um amigo, Edgar Correia, que, em 2022, fez o mesmo percurso e que se encontra na Indiana University – Purdue University Indianapolis, começou “a crescer a ambição”.


Apoiado pela agência Next Level Sports – colabora com outros desportistas, como o basquetebolista Neemias Queta ou a futebolista Maria Alagoa, na transição para os EUA -, teve de fazer testes de avaliação de inglês e de matemática, além de ser observado por treinadores de futebol. Depois surgiram “algumas propostas”, mas “a mais cativante” foi a da West Virgina University Tech, até do ponto de vista académico, já que é considerada “uma das melhores universidades ao nível da engenharias”.

A jogar futebol e a estudar Ciências da Computação no circuito universitário, através de uma bolsa, Tiago Moreira vê com bons olhos a possibilidade de entrar na Major League Soccer, a competição profissional do país, por via do draft. Em 2018, o português João Moutinho, agora com 25 anos, no Spezia, da segunda divisão italiana, foi a primeira escolha.

“Procuro muito e tenho essa ambição de chegar a profissional. No entanto, sei que o futebol é o momento e não dura para sempre e que há vida depois da carreira. Espero conseguir conciliar as duas vertentes até um certo ponto, em que, aí, sim, tenha de decidir”, analisa.

A cumprir o último ano de júnior, o percurso do defesa-central em Portugal passou por clubes e escolas de formação como a Geração Benfica de Vila Nova de Famalicão, o SC Braga, o Moreirense, o CD Lousado, o Trofense e o Nogueirense.

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Tiago Barquinha
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Sara Pereira
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