Trabalhadores acusam Misericórdia de Guimarães de assédio e perseguição

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães iniciaram hoje uma greve de três dias para reclamar aumentos salariais e denunciar o clima de “assédio, perseguição e opressão”.
Não é a primeira vez que os funcionários contestam a ausência de respostas daquela Misericórdia face às exigências de aumentos salariais.
Os trabalhadores dizem-se “exaustos” e exigem um acordo de empresa para melhorar os salários. Em dois anos de negociações, nada aconteceu.
Ana Paula Rodrigues, do sindicato, afirma que os mais de duzentos trabalhadores se sentem “enganados”.
“As negociações decorreram sempre a vislumbrar aumentos salariais, mas nunca se veio a verificar. A Santa Casa, pelo que agora percebemos, nunca teve intenção de melhorar os salários e agora, os trabalhadores, sentem-se enganados”, explica. A instituição “fez promessas de melhorias e no final não aconteceu”, atira.
Publicado o pré-aviso de greve para 24, 25 e 26 de maio, os trabalhadores começaram a ser notificados pela Santa Casa da Misericórdia de Braga a quem acusam, uma vez mais, de repressão. Segundo aquela porta-voz, “muitos trabalhadores foram notificados a avisar de procedimento disciplinar”. “Só nos é claro que é uma forma da instituição pressionar estes trabalhadores à não adesão à greve”, conclui. Foram instaurados 24 processos disciplinares.
Apesar desta ameaça, os trabalhadores prometem sair à rua até quarta-feira, dia em que a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, acompanhará a luta num desfile de protesto no centro da cidade de Guimarães.
