Trabalhadores de Call Center exigem melhores salários e fim da precariedade
Valorização da profissão e salários, promoção da contratação coletiva e eliminação do falso trabalho temporário são as reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC). A greve geral está prevista para os dias 24 e 25 de dezembro e 31 de dezembro e 1 de janeiro de 2022.
A RUM chegou a conversa com José Abrantes, trabalhador de call-center e membro da direção do STCC, que denuncia o facto de muitas empresas de “outsorcing” e trabalho “temporário” que operam neste sector recorrerem a “falsos despedimentos”, na medida em que contratam colaboradores a título temporário para postos de trabalho permanentes. Na ótica do sindicalista esta é uma forma de “contornar o sistema”. Aos microfones da Universitária, José Abrantes revela que grande parte das empresas limita-se a cumprir a taxa de efetividade mínima a que estão obrigados por lei.
Na nota enviada às redações, o Sindicato declara que o sector dos call centres tem crescido mesmo durante o período pandémico. Um progresso assente na intensificação do ritmo de trabalho. José Abrantes denuncia casos em que devido a uma falha de energia ou bloqueio do sistema é o colaborador o lesado, sendo que por diversas vezes as empresas descontam um valor de forma “arbitrária” no vencimento ao final do mês.
O sindicalista frisa ainda que existe cadência de funcionários para dar resposta ao trabalho existente, o que torna o ritmo mais exigente. Outra problemática em cima da mesa está relacionada com a rotatividade dos horários que “dificultam a conciliação com a vida pessoal e familiar”.
Devido à evolução da pandemia de covid-19, não estão previstas ações de rua, contudo irá existir uma paragem efetiva nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro.
