Trabalhadores do Grupo Trofa Saúde denunciam alegado “clima de pressão”

Há trabalhadores alegadamente descontentes com as condições de trabalho no Grupo Trofa Saúde. Seis membros do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte estiveram esta manhã concentrados à porta de um dos Hospitais do grupo, em Braga, a denunciar um alegado “clima de pressão” vivido na empresa que, além das unidades de saúde, detém um call-center.

À RUM, Nuno Coelho, dirigente do Sindicato, alega que a entidade médica privada está a “desrespeitar os direitos dos trabalhadores, ao manter um banco de horas ilegal e ao não aplicar o contrato colectivo de trabalho“. O sindicato afecto à CGTP fala em “várias centenas” de funcionários que recebem pouco mais do que o salário mínimo, a maioria auxiliares de acção médica e trabalhadores de call center, sujeitos “à pressão constante e à precariedade”. 

O Sindicato alega que o Grupo Trofa Saúde se “tem recusado recentemente” a discutir as reivindicações dos funcionários. “Marcamos reuniões entre o Ministério do Trabalho e Grupo Trofa Saúde mas a empresa continua a recusar sentar-se à mesa e discutir estes problemas”, acusa Nuno Coelho.

Contactado pela RUM, o Grupo Trofa Saúde escusou-se a comentar o assunto. A entidade detém 16 unidades de saúde privadas em todo o país e emprega milhares de trabalhadores. 

A acção de protesto do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares iniciou na terça-feira, em Matosinhos.