Trabalhos a mais na Variante da Encosta valem novas críticas da oposição

A empreitada da Variante da Encosta vai prolongar-se por mais um mês com custos a mais aprovados na reunião de executivo desta segunda-feira que ultrapassam os 107 mil euros +IVA. O ponto, aprovado em sede de reunião de executivo esta manhã de segunda-feira, não agradou à oposição, sobretudo aos socialistas. Os referidos trabalhos a mais decorrerão entre a rotunda do Leroy Merlin, onde foram construídos novos apartamentos, e a rotunda da igreja. 


Artur Feio, vereador do PS, manifestou novamente “preocupação” com a derrapagem da obra e com o impacto naquela zona considerando que “não faz sentido aprovar trabalhos a mais que resultam de contínuos erros”. “É lamentável porque é mais uma obra com falta de preparação. É o já agora que tem custado ao município mais de 300 mil euros de trabalhos a mais numa empreitada de mais de dois milhões de euros”, criticou o vereador durante a discussão do referido ponto. 


Já no final da reunião de câmara e em declarações aos jornalistas, o socialista acusou a maioria da coligação de direita de aprovar e pagar trabalhos a mais que seriam responsabilidade da Agere. “Andamos a colmatar e a pagar erros da própria Agere. Aquilo que aparece nos trabalhos a mais é uma reposição do pavimento de uma obra que a Agere fez, toda a variante do lado oposto ao Leroy Merlin que fica junto destes novos prédios. A zona estava por intervir durante muito tempo e agora o município vai repor essa pavimentação e pagar uma obra que a Agere fez. Isto não tem lógica nenhuma”, denunciou.

Ora, a acusação específica relativamente à Agere foi deixada pelo vereador socialista apenas nas declarações aos jornalistas. Contactado entretanto pela RUM, o vereador responsável, João Rodrigues, disse não compreender a interpretação de Artur Feio e lamentou que a análise o não tenha sido feita no decorrer da reunião de câmara. “O facto de a intervenção se justificar durante a empreitada com algo que a Agere pode aproveitar, não significa que é a Agere que tem que pagar a intervenção que está a ser concretizada. Sinceramente, nem consigo intelectualmente conceber como é que se julga que devia ser a Agere a pagar esta intervenção”, afirmou João Rodrigues aos microfones da RUM.

Dos 107 mil euros de trabalhos a mais, 101 mil dizem respeito à zona do polo de negócios e aproximadamente seis mil euros correspondem à questão levantada pelo vereador socialista relativamente à Agere.

Os vereadores socialistas abstiveram-se na votação deste ponto. Já a vereadora da CDU, Bárbara de Barros, também quis explicações sobre o “prolongamento de obra pela quarta vez”.


Na resposta, o vereador João Rodrigues, explicou que os trabalhos a mais permitirão uma “reformulação de estacionamento para os utilizadores” assim como a plantação de “dez árvores” na referida zona.

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Elsa Moura
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