CDU aponta sub-financiamento dos TUB e falta de estratégia ousada até 2029

O executivo municipal aprovou, esta segunda-feira, em reunião extraordinária, o contrato de concessão, válido por dez anos, de serviço público de transporte de passageiros  aos Transportes Urbanos de Braga (TUB). O contrato pressupõe a transferência para a empresa municipal de 60,3 milhões de euros, até 2029.


O ponto mereceu algumas observações por parte do vereador Carlos Almeida, que considera estar em causa um “sub-financiamento na ordem dos 38 milhões de euros”, de acordo com “um estudo feito” que apontava para a necessidade de uma verba superior para a mesma prestação de serviços por parte de um operador privado.

“Há ainda muito caminho a fazer no que diz respeito à estratégia. Neste período de 10 anos, gostávamos de ver mais ousadia. Entendemos que é preciso haver um reforço do investimento”, detalhou Carlos Almeida.


Na resposta, o presidente da autarquia garantiu que “os TUB não têm um défice na ordem dos 4 milhões de euros mensais, já que a comparação com o privado não pode ser feita de forma linear”. O autarca admitiu ainda a utilidade que teriam mais meios financeiros ao serviço da empresa municipal, algo que “não acontece por falta de meios”, já que o “orçamento não estica”.  Ricardo Rio frisou que não se trata de falta de vontade, já que “a Câmara decidiu atribuir aos TUB a receita do estacionamento”.

7 viaturas eléctricas chegam aos TUB em Março

O comunista falou ainda da necessidade de “reforço de linhas, viaturas e motoristas”, da necessidade de “apostar na forma como se comunica com os utentes, ao nível da informação nas paragens”, que considera “completamente desajustada”.

A renovação da frota, lembrou Sandra Cerqueira, está a ser feita desde 2018. Em Outubro desse ano foram adquiridas “6 viaturas eléctricas”. Agora, vão chegar “mais 32 viaturas, sendo que em Março chegam sete”. “Ao longo do ano vamos executar o resto do POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), que envolve mais 25 viaturas a gás natural. São valores que ascendem a 13 milhões de euros, em renovação de frota e infraestruturas de carregamento. Nos próximos anos, vamos fazer renovações à medida que conseguirmos gerar recursos”, detalhou a co-administradora dos TUB. No entanto, aponta Almeida, não se trata de um “reforço” da frota, mas sim de uma substituição.

Para Artur Feio é importante “focar a simbiose que existe entre os TUB e o planeamento urbanístico da cidade”. O vereador  socialista lembra a “aprovação feita ao nível de uma unidade hoteleira junto à estação de caminhos-de-ferro, onde existe uma rotunda, que, provavelmente, é a que mais tráfego de autocarros tem, porque é onde confluem o maior número de rota dos TUB, e que no futuro será um ponto negro na cidade do ponto de vista rodoviário”.


O administrador dos TUB garante que a oferta tem melhorado nas zonas mais densas da cidade. “Aumentamos cerca de um milhão de quilómetros e o objectivo é ir melhorando, sendo que prevemos um aumento de 2% de quilómetros percorridos ao longo de cada um dos anos que vai durar a concessão”, acrescentou Teotónio dos Santos. Quanto à informação disponível aos utilizadores, o administrador fez saber que, “até ao verão, haverá informação ao público (através da aplicação) e nas paragens, com análise em tempo real do serviço que está a ser executado”.

O contrato de concessão dos TUB foi aprovado pela maioria PSD/CDS, merecendo a abstenção do PS e CDU. 

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Carolina Damas
NO AR Carolina Damas A seguir: Português Suave às 19:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv