Túnel não desata Nó de Silvares. CMG estuda alternativa pela N206

A mobilidade na cidade berço, mais concretamente, o Nó de Silvares, foi alvo de discussão na reunião de Câmara desta quinta-feira. A questão foi levantada pela coligação Juntos por Guimarães.
Depois de um investimento de 3,6 milhões de euros, que tinha como meta resolver os crónicos problemas de trânsito naquele ponto e melhorar o principal acesso da cidade de Guimarães à A11, a verdade é que as filas para o acesso a Brito, Famalicão e Pevidém continuam.
Na ótica do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, apenas está por resolver 5% do problema. O autarca tem agora os olhos postos na Estrada Nacional 206. A solução passa pela criação de uma via de ligação, de modo a que quem queira deslocar-se para Brito, Famalicão ou Pevidém não use apenas a Variante de Creixomil.
Utilizador da variante em questão, o edil frisa que existe “algum compasso de espera”, acrescentado que na sua opinião Guimarães está, em questões de mobilidade, “melhor que outras cidades da mesma dimensão”. Porém, não esconde que há trabalho a ser feito.
“Podemos resolver o problema com um tramo”, revela Domingos Bragança. O presidente avança já ter conversado com a Infraestruturas de Portugal (IP), visto que a obra necessita de autorizações da parte da IP, contudo garante que não irá pedir financiamento para a pequena ligação que irá permitir evitar o estrangulamento em Creixomil. O estudo será realizado pela autarquia em conjunto com projetistas externos.
Quanto às negociações com o proprietário do terreno em questão, que irá permitir uma nova ligação à N206, estão a decorrer com alguma dificuldade. A autarquia procura uma solução que não prejudique o proprietário e recusa a proposta da Coligação Juntos por Guimarães, que recomenda a expropriação do terreno. “Se entrar em expropriação irá levar mais tempo até ao arranque da empreitada”, remata o edil.
O esclarecimento surgiu em resposta à coligação Juntos Por Guimarães. O vereador Hugo Ribeiro defende que a situação vivida junto ao Nó de Silvares é uma “vergonha”, visto que todos os dias são vários os vimaranenses que ficam presos em filas. Insatisfeito com as respostas do autarca, lamenta que não exista uma solução concreta prevista a curto prazo para o problema.
A coligação de direita pede celeridade na concretização do tramo. Até lá, sugere a instalação de sinalética, com os tempos de espera, neste acesso a Brito, Famalicão e Pevidém.
