Um dia inteiro de música e arte no monte da Falperra. Nasce o festival Extremo
O monte da Falperra recebe este verão a primeira edição do Extremo, um festival que une música exploratória, arte sonora e paisagem, numa experiência contínua entre o nascer e o pôr do sol. Acontece a 26 de julho, das 06h00 até à 01h00, com entrada gratuita, e integra o programa da Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.
A iniciativa acontece na linha de fronteira entre Braga e Guimarães, com um percurso pensado para ligar o território, as comunidades e o património natural e religioso do monte.
Entre os nomes confirmados estão os Ghosted, trio de culto da música exploratória formado por Oren Ambarchi, Johan Berthling e Andreas Werliin, a sueca Maria W Horn, que apresenta a peça Dies Irae com quatro cantoras portuguesas: Mariana Caldeira Pinto, Maria João Vieira Leite, Mariana Vital e Maria Bustorff, assim como o coletivo portuense Sonoscopia, que vai contar com um órgão de tubos automático, controlado por um sistema interativo em que as ações dos utilizadores determinam o comportamento musical. Esta peça ficará instalada na capela de Santo António, raramente acessível ao público.
O dia começa com a performance A uto/distopia do Homem-Máquina, do músico sediado em Braga Cody XV, ao nascer do sol, com cenografia de Diogo Mendes e curadoria do coletivo local Estudo do Meio. O encerramento estará a cargo de M3STR, produtor e DJ do Porto, com curadoria da Dark Sessions, comunidade artística independente de música eletrónica ligada ao Estudo do Meio.
Outro dos destaques é o Concerto Para Olhos Vendados, uma experiência sensorial conduzida por Luís Antero, na capela de Santa Maria Madalena, a partir de sons recolhidos no território durante uma residência artística.
O festival já tinha revelado nomes como William Basinski, o trio Gordan e os portugueses Clothilde e Centeio. Em julho será apresentado o programa completo com instalações site-specific, oficinas e visitas guiadas, que vão ocupar vários pontos da Falperra ao longo do dia.
O programa artístico do Extremo, que conta com curadoria da Capivara Azul – Associação Cultural, será completado no início de julho.
