Um Hyde Park à escala de Braga. Ricardo Silva apresenta ‘Ponte para o Futuro’

O movimento independente Amar e Servir Braga apresentou a estratégia ‘Ponte para o Futuro’, um plano de 12 anos que pretende transformar a zona do Parque da Ponte, o Estádio 1.º de Maio e áreas envolventes numa nova centralidade verde, cultural e desportiva da cidade.

O candidato à autarquia bracarense, Ricardo Silva, sublinhou que não se trata de “um projeto isolado, mas de uma visão de governação”.

“Uma sala de espetáculos ao ar livre”

Para desenhar a proposta, Ricardo Silva convidou o arquiteto paisagista Marcelo Santos, que já trabalhou em projetos de espaço público em Londres. O técnico explicou que a intervenção será feita por etapas, mas com resultados em cada fase. O objetivo é “agarrar o espaço todo e desenvolvê-lo como um só”. O projeto terá de ser feito “de forma faseada e subdividida em várias peças que funcionam para o todo, mas funcionam também, cada uma delas, por si só”.

Uma das ideias mais marcantes passa pela encosta das Camélias, que Marcelo Santos sugere transformar num anfiteatro natural para concertos e festivais. Radicado durante quase uma década em Londres, o arquiteto comparou aquele local a algo “quase ao estilo de Hyde Park, numa escala completamente diferente”. De acordo com o responsável, esta poderia ser uma sala de espetáculos ao ar livre “de uma escala que não há muito em Portugal” e deu o exemplo concreto do festival Paredes de Coura. “É um festival de referência a nível nacional e europeu. E no fundo é o quê? Chegar lá e pôr um palco, porque o anfiteatro está feito”, lembrou.

Marcelo Santos acrescentou que Braga tem condições únicas para ir além desse modelo, já que a encosta das Camélias dispõe de mais área e de infraestruturas já construídas. Isso permitiria criar um espaço versátil, utilizável não apenas em grandes eventos, mas também no dia a dia, seja para lazer, leitura ou pequenas iniciativas culturais.

Plano faseado até 2037

Ricardo Silva destacou que o projeto será desenvolvido ao longo de 12 anos, aproveitando diferentes linhas de financiamento que não podem, para já, ser quantificadas. “Como nunca será um investimento de uma só vez, nós não poderemos dizer se ele custa X ou Y, porque isto também dependerá do tipo de financiamento que for alocado às várias áreas”, explicou.

O candidato compromete-se a fasear a execução até 2037, transformando o Parque da Ponte e o Estádio 1.º de Maio num polo ambiental, cultural e desportivo que “volte a ser um orgulho de todos os bracarenses”.

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Redação
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Carolina Damas
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