Um mês depois, 23 novos soldados juram bandeira no RC6

23 soldados recrutas prestaram esta sexta-feira o juramento de bandeira no regimento do exército de cavalaria nº6 (RC6), em Braga, tornando-se, a partir de hoje, soldados graduados.

A formação dos recrutas iniciou no dia 26 de abril com 39 elementos mas, volvidas cinco semanas, resistiram apenas 23, dos quais 21 masculinos e dois femininos, com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos.

No final do juramento de bandeira, que contou com a presença dos soldados e respetivos familiares, João Carlos Magalhães, brigadeiro-general que presidiu à cerimónia, destacou o compromisso dos jovens militares que chegaram ao exército de forma “voluntária”.


“É um paradigma diferente em relação ao serviço militar obrigatório, que antes existia. Houve alguns que desistiram mas estes prosseguiram na recruta e parecem-me indivíduos motivados para cumprir o seu serviço militar em regime de contrato no exército”, disse João Carlos Magalhães aos jornalistas.


Os 23 soldados que hoje ergueram o braço direito à bandeira nacional são os resistentes de um grupo de 39 que começou a instrução básica, dentro da qual os jovens aprenderam os valores e as regras do exército, como por exemplo saber a melhor forma de marchar. 


O tenente Fábio Silva, comandante do esquadrão de formação, revelou que muitas das 16 desistências ocorreram porque “a condição militar é rigída” e “nem todos estão aptos para seguir e nem têm vontade de continuar”. 


Para o tenente, apesar das desistências, a vida militar continua a ser “aliciante”, sobretudo “para quem gosta de superar desafios e quer fazer missões fora do território nacional”.

Melhor instruendo tem a ambição de frequentar Operações Especiais

A cerimónia do juramento de bandeira distinguiu o melhor instruendo das últimas cinco semanas, o soldado João Costa. O jovem de 21 anos e natural de Esposende assinalou, no final da entrega do diploma, que o interesse pelo exército surgiu por causa do pai, que “também já foi militar, aqui no RC6”.

Sobre o futuro, o jovem garantiu que quer integrar a cavalaria e posteriormente frequentar “o curso de Operações Especiais e a escola de sargentos”.

Já Ana Magalhães, 23 anos e natural de Lousada, foi uma das duas jovens que concluiu a instrução básica no RC6. A agora soldada recruta reconheceu que a “primeira semana de formação foi complicada por causa da mudança de rotinas” e que teve momentos em que se foi “abaixo”.

A jovem soldada assinalou ainda que a cada vez maior presença de mulheres no exército representa “um grande passo na igualdade”.

Ana e João são dois dos 39 soldados que cumprirão agora, depois do juramento de bandeira, a instrução complementar, durante a qual vão conhecer os meandros mais técnicos do exército – como o manuseamento do armamento – ao longo de sete semanas.

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Pedro Magalhães
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