UMinho acolhe pela 1ª vez o Iberian Plant Biology

A Universidade do Minho acolhe pela primeira vez, o Iberian Plant Biology. Trata-se do maior congresso na Península Ibérica. Durante os quatro dias do evento, entre 9 e 12 de julho, são esperados 500 participantes de 17 nacionalidades, a maioria espanhóis e portugueses.
“O futuro começa agora!” é o tema da edição de 2023. Ao longo das 12 sessões previstas, os investigadores irão apresentar os mais recentes estudos e conclusões, no sentido de tornar o mundo mais sustentável.
Aos microfones da RUM, a coordenadora local do evento, Teresa Lino Neto, frisa que “o futuro sem plantas” será difícil. “Queremos criar condições de sustentabilidade quer a nível das impressões quer a nível do próprio encontro entre participantes”, no sentido em que nenhum participante necessita de comprar garrafas de água plásticas, visto que são disponibilizados postos de abastecimento.
Esta quarta-feira, pelas 14h30, está prevista uma mesa redonda sobre o tema “Mulheres na Ciência” que contará com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, via online. Além disso, esta é na ótica da docente, uma oportunidade de fechar novas parcerias entre investigadores.
Para a pró-reitora para a Comunicação Institucional, Teresa Ruão, a área da sustentabilidade ambiental é “particularmente importante para a academia”, logo é “um gosto receber todos os participantes”.
Escola de Ciências da UMinho avança com novo doutoramento.
No próximo ano letivo, a Escola de Ciências da Universidade do Minho irá abrir uma nova formação de terceiro ciclo direcionada para as plantas medicinais. A informação foi avançada pelo presidente da unidade orgânica, José González-Méijome.
“Há um doutoramento que está acreditado pela Agência Nacional sobre recursos em plantas medicinais e para alimentação. É uma parceria com instituições asiáticas, nomeadamente, da China, Macau e outras”, refere.
Presidente da Sociedade Portuguesa de Biologia de Plantas critica falta de investimento.
“Um dos grandes desafios em Portugal são de financiamento e de ação política para promover a biologia de plantas”, quem o diz é o presidente da Sociedade Portuguesa de Biologia de Plantas, Jorge Marques da Silva.
Em declarações à RUM, o responsável lamenta que os pratos do financiamento não estejam “mais equilibrados” entre as “ciências agronómicas e da saúde”. “Há um subfinanciamento nessa área, não é só em Portugal, é uma situação crónica. As ciências da saúde são muito mais financiadas que as ciências agronómicas em geral e a
biologia de plantas em particular e, no fundo, são desafios semelhantes em termos de importância para a humanidade”, defende.
Já a presidente da Sociedade Espanhola de Biologia de Plantas, Teresa Altabella, considera esta uma oportunidade de partilhar experiências quer ao nível das alterações climáticas quer da adaptação das plantas a stresses bióticos e abiótico.
