UMinho apresenta folga orçamental de 44ME para 2023

A Universidade do Minho apresenta uma folga orçamental de 44 milhões de euros para 2023. Os dados constam do Relatório de Contas Separadas da UMinho em 2022 e a evolução da situação financeiro em 2023 que foi apresentado, esta sexta-feira em Reunião do Conselho Geral, pelo administrador da instituição de ensino superior, José Eduardo Ferreira.
O responsável pelas contas da UMinho, destacou o aumento considerável do Saldo de Gerência, no ano transato, de 11 milhões de euros para 21 milhões, em 2022. No que toca aos Fundos Disponíveis, também se observou uma melhoria, sendo que a academia passou de um resultado negativo de 6 milhões para um cenário positivo e na ordem dos 4 milhões de euros.
O ativo, no ano de 2022, aumentou em cerca de 4,9 milhões, assim como o passivo na ordem dos 700 mil euros. Um dos dados mais positivos diz respeito ao Resultado Líquido que cresceu cerca de 4,3 milhões de euros.
Para 2023, como já foi referido, a UMinho tem uma folga orçamental de 44 milhões de euros, ou seja, mais 30 milhões em comparação com 2022. O administrador da instituição de ensino superior realça o valor ainda alto em dívida por parte das entidades financiadoras que ronda os 14 milhões de euros. A FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia – é atualmente a entidade com o maior volume em falta, sendo que nos últimos dias terá feito uma transferências, na ordem de 1 milhão de euros, para a academia minhota. Segue-se a ANI – Agência Nacional de Inovação e a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
Conselheiros congratulam a universidade pela melhoria das contas
Foram vários os conselheiros com lugar no órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da Universidade que manifestaram o seu agrado em relação a melhoria da situação económica e financeira da instituição. Porém, no sentido de continuar este caminho, foram feitas algumas questões para perceber como está a ser acautelado o futuro.
O representante dos professores e investigadores, Luís Santos, questionou o administrador da UMinho em relação ao facto de no quadro de execução orçamental “sete unidades orgânicas apresentarem resultados negativos”.
Ora, em resposta, o administrador explica que algumas unidades orgânicas optaram por, no primeiro trimestre, depois de atribuído o orçamento, adiantarem que o mesmo não era suficiente para “cobrir a despesa migrada”, logo algumas unidades solicitaram “orçamento adicional ao Conselho de Gestão”. Outras unidades pediram “antecipação dos trimestres subsequentes”, o que também foi atendido.
Em nome do “equilíbrio orçamental”, será feito “um ponto de situação”. “No final do primeiro semestre, sendo que já foi atribuído o final do orçamento, vamos comparar com o montante que estava previsto receber por unidade orgânica, e, obviamente, se o montante que estava previsto receber não for cumprido, é reduzido na proporção do incumprimento na atribuição do orçamento para o trimestre seguinte”, declara.
Já o representante dos trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, Victor Soares, aproveitou o momento para propor a inclusão, na ordem de trabalhos da próxima reunião, do dossier do PREVPAP – Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública. O conselheiro acusa a UMinho de continuar a “sistematicamente a recorrer para instâncias superiores”. Uma informação que o reitor, Rui Vieira de Castro, negou.
