UMinho está a preparar grande projeto para submeter ao PRR

A Universidade do Minho está a elaborar um grande projeto que será colocado a concurso no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. A garantia foi deixada aos microfones da Universitária pelo responsável máximo da academia minhota.

Esta terça-feira ao final da tarde, na reitoria da academia minhota, foi promovido um debate de mobilização com empresários, autarcas e investigadores sobre o PRR. A iniciativa contou com a presença do Ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

A UMinho, segundo avançou à RUM o reitor, está comprometida a apresentar “um grande projeto” na área da qualificação, em articulação com várias entidades empresariais e praticamente todas as unidades orgânicas da academia minhota. “Sabemos que esta é uma oportunidade única de financiamento da própria universidade”, declara Rui Vieira de Castro.

De acordo com as linhas gerais do PRR, apresentadas pelo Ministro, para a área da qualificação e requalificação de ativos serão alocados 29 milhões de euros.

Apesar de Portugal continuar a formar um número cada vez maior de licenciados e doutorados, as empresas continuam a absorver poucos destes recursos humanos qualificados, uma realidade que o Governo liderado por António Costa pretende alterar. À RUM, Siza Vieira reconhece as competências linguísticas, sociais e técnicas dos jovens portugueses, o que os faz serem “apetecíveis em qualquer lado da Europa ou do Mundo”. Na sua ótica, para reter esta franja da população e tornar a economia portuguesa mais competitiva é premente “ajudar as empresas a aumentarem a sua produtividade para criarem empregos mais qualificados com melhores salários”.

O PRR vai disponibilizar 7.200 milhões de euros para apoios diretos às empresas com vista, sobretudo, à sua digitalização e transformação verde. Para centros tecnológicos e laboratórios colaborativos, a UMinho tem neste momento oito, estão disponíveis 186 milhões de euros. Com apenas cinco anos para a execução dos projetos, o Ministro da Economia sublinhou a necessidade de acelerar os processos.

Recorde-se que o documento foi entregue em abril à Comissão Europeia. O PRR beneficia de um envelope financeiro total de 16.643 milhões de euros, composto por 13.944 milhões de euros em subvenções e por 2.699 milhões de euros em empréstimos, com o investimento centrado em três grandes áreas temáticas: resiliência, transição climática e transição digital. Está ainda prevista a possibilidade de, em função da capacidade de absorção do financiamento por parte da procura privada, o montante direcionado às empresas, pelas áreas de capitalização e investimento produtivo, poder ser incrementado até 2.300 milhões de euros adicionais.

O PRR será agora avaliado pela Comissão Europeia e, posteriormente, submetido à aprovação do Conselho Europeu.

Valor das exportações correspondentes a 60% do PIB no final da década, despesa em investigação e desenvolvimento correspondente a 3% do PIB no mesmo período e redução das importações são algumas das metas que vão ditar o sucesso do PRR, segundo avançou durante a sessão o Ministro Siza Vieira.

O Governo espera estar em condições de começar a receber no final de maio início de junho, as candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência. De acordo com o Ministro as verbas serão disponibilizadas a poucos, mas grandes projetos.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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