Turismo criativo pode gerar valor acrescentado nas áreas rurais

Chama-se CREATOUR e pretende promover e desenvolver o turismo criativo em áreas rurais de Portugal. O convite para a Universidade do Minho integrar este projeto chegou do CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sendo que na região Norte foi liderado por Paula Remoaldo, investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e professora catedrática do Departamento de Geografia da UMinho.

O estudo contou com cerca de 2 milhões de euros de financiamento, entre 2016 e 2020, cinco centros de investigação e 40 entidades piloto nacionais e internacionais.

Em entrevista ao UMinho I&D, Paula Remoaldo começou por clarificar em que consiste o turismo criativo. “É um segmento do turismo que não dever ser massificado. Deve ter em consideração os recursos endógenos do local onde é desenvolvido assim como os artesãos e todos os artistas da região. Além disso, devemos tentar desenvolver cocriação com as comunidades locais”, explica.

Amares, Bragança e São João da Madeira foram alguns dos Municípios que colaboraram no CREATOUR.

Este projeto, considerado “complexo” pela investigadora líder do estudo na região Norte, teve em consideração as seguintes dimensões-chave para a valorização do sector criativo: construção de conhecimento e capacidade, apoio ao desenvolvimento de conteúdos e ligação da criatividade ao lugar e reforço da formação em redes e clusters. Tudo isto para proporcionar experiências genuínas que permitem aos visitantes a possibilidade de autoexpressão e de desenvolvimento do seu potencial criativo. Estas atividades possibilitam a geração de valor acrescentado – económico, social e cultural – a nível local e regional.

No último ano, devido à pandemia de covid-19, vimos aumentar a procura, principalmente dos portugueses, do interior do país para as férias de verão. Ora, Paula Remoaldo acredita que esta pode ser uma grande oportunidade para o CREATOUR e para as áreas que têm vindo a ser “esquecidas” ao longo dos anos.

No entender da investigadora, é premente que exista mais união e trabalho de equipa entre os municípios, comerciantes e empresas. Paula Remoaldo aconselha à criação de uma Plataforma Colaborativa com todas as informações sobre o que a região tem a oferecer. 

O CREATOUR terá continuidade como Observatório, uma forma de continuar a contribuir para a promoção e desenvolvimento do turismo criativo em várias regiões.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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