UMinho lança aplicação que ajuda agricultores a gerir diferentes colheitas

Há uma nova aplicação que pretende ajudar os agricultores a tornarem as suas colheitas mais eficientes, evitando desperdícios de água, mas também financeiros. Os dados obtidos são sobretudo climáticos e auxiliam o agricultor a gerir, por exemplo, a rega.

A “Climalert” é coordenada pelo Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho em parceria com o Algoritmi e de Sistemas Microeletromecânicos.

Através da aplicação, o agricultor pode aceder à área de interesse da sua produção, analisar o passado, ter as previsões meteorológicas dos próximos dias, além do acesso a dados climáticos sazonais. O acesso a dados como a temperatura, secura, além de dados acessíveis via institutos meteorológicos e dados dos satélites que passam cada vez com maior resolução em todas as áreas tornam mais fácil “tomar uma resolução”. “Se temos necessidade de regar, ou não, se é preferível aguardar para uma colheita ou antecipar. São dados que conseguimos fornecer ao agricultor que poderá ter informação sobre o seu local de interesse”, especifica Cláudia Pascoal, investigadora e docente da UMinho.

Ideia passa por ajudar todo o tipo de agricultores

Nem todos os agricultores trabalham com material sofisticado, mas a ideia dos mentores da aplicação passa por ajudar todo o tipo de profissionais da área. “Há o tipo de agricultor extremamente sofisticado e que acompanha todos os avanços e facilmente integra este tipo de ferramentas. E há outro tipo que não acompanha tão de perto e é aí que fazemos até mais diferença”, admite. A docente revela que a ideia passa por “interagir com cooperativas, o pequeno agricultor ou uma associação”, chegando a outros agricultores. Cláudia Pascoal lembraque hoje em dia “toda a gente tem um telemóvel” e que a ferramenta em causa “é fácil de interpretar”.

Aplicação pode chegar a qualquer região do Mundo, no futuro

A aplicação está por enquanto disponível para os agricultores de Portugal, da Catalunha e da Alemanha, mas ambição é chegar a outros países. “Se formos bem sucedidos poderemos aplicar isto em qualquer região do Mundo. O projecto termina em 2021 e já recebi alguns contactos de colegas da Suécia e de pessoas que estão em África”, acrescentou.

O projecto inclui ainda uma plataforma web. Até 2021, a União Europeia vai financiar o trabalho com 845 mil euros. A aplicação será apresentada publicamente na tarde desta sexta-feira no festival nacional de sustentabilidade, o Greenfest, a decorrer no Mosteiro de Tibães, em Braga.

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Elsa Moura
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