UMinho prepara-se para iniciar “novo ciclo” no Conselho Geral

A Universidade do Minho (UMinho) está prestes a iniciar um “novo ciclo”. Esta manhã, teve lugar no Largo do Paço, em Braga, a cerimónia de tomada de posse dos 17 novos membros do Conselho Geral da Universidade do Minho para o período 2021-2025.
Luís Valente de Oliveira, num dos seus últimos momentos públicos como presidente do Conselho Geral da UMinho referiu ter sido “uma honra” ter feito parte da academia minhota que descreveu como “especial”, visto que na sua opinião a instituição de ensino superior soube “estabelecer laços com o tecido social e económico” onde se insere. Nas palavras de Luís Valente de Oliveira, a UMinho é uma instituição “respeitada” que nos próximos tempos terá pela frente vários desafios, muitos deles diretamente ligados à pandemia de covid-19.
Por sua vez, João Álvaro Carvalho, presidente da Comissão Eleitoral, alertou para a necessidade de existir uma revisão do regulamento eleitoral.
Para o mês de Maio, está prevista a eleição e tomada de posse dos seis membros externos do órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da universidade.
Aos microfones da RUM, Tiago Miranda, representante dos docentes e investigadores eleito pela lista A, não tem dúvidas que a comunidade académica aguarda por um “novo ciclo”, uma vez que ficaram a poucos votos de eleger o sétimo conselheiro. Uma das prioridades passa por auscultar a comunidade, apresentar novas ideias e formas de agir.
Luís do Amaral, representante dos docentes e investigadores eleito pela lista B, desvaloriza o empate técnico e declara que todos estarão comprometidos em conseguir o melhor para a Universidade do Minho.
Os dois conselheiros vêm com bons olhos a proposta para rever o regulamento eleitoral. Tiago Miranda elenca o exemplo dos debates, visto que atualmente não existem orientações sobre como, quando ou em que quantidade podem e devem existir. Por outro lado, Luís do Amaral considera premente definir quem pode votar nas eleições para o Conselho Geral, nomeadamente no caso de alunos com propinas em atraso ou estudantes Erasmus.
Para Rui Oliveira esta não é uma prioridade. O representante dos alunos defende, sim, a revisão do RJIES – Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior. O conselheiro apela também ao aumento da representatividade dos estudantes no órgão colegial máximo da academia minhota.
André Teixeira, único representante da lista C eleito pelos alunos, não se pronunciou sobre a temática. O estudante de Direito realçou, no entanto, que será uma voz alternativa sem medo de apresentar propostas diferenciadoras. Contudo, esta posição não irá impedir a colaboração com os restantes membros eleitos.
Vítor Soares, representante eleito pelos trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, acredita que esta nova dinâmica no conselho geral vai permitir debates “mais interessantes” e contribuir para um maior sentimento de pertença, em particular dos funcionários.
Em declarações à RUM, o representante anunciou ter “boas notícias” em relação ao processo de criação da Comissão de Trabalhadores na UMinho. A primeira fase em termos eleitorais está agendada para 17 de Julho e a segunda fase vai decorrer no início de Setembro.
