UMinho “quer regressar a um regime mais próximo da normalidade”

Com um novo figurino e normas de segurança mais apertadas, devido à situação pandémica, a cerimónia de Entrega das Bolsas de Excelência decorreu, no Salão Medieval da Reitoria, com menos convidados. Esta tarde, foram galardoados 229 estudantes, de todos os cursos e unidades orgânicas da UMinho, com uma bolsa de valor igual ao da propina. O número de alunos distinguidos tem vindo a aumentar ao longo dos anos. Do total, 49 eram estudantes do primeiro ano de licenciatura e um terço alunos de acção social.

Para Rui Vieira de Castro, a academia minhota não podia deixar de assinalar este que é um dos “momentos mais simbólicos” para a instituição de ensino superior minhota. O reitor elenca que esta é uma “forma da UMinho sinalizar a sua vontade de regressar a um regime mais próximo da normalidade”. 

Acima de tudo, o responsável máximo da UMinho defende que esta cerimónia é um estímulo para os estudantes que chegam à academia minhota. 

Próximo ano lectivo será presencial, mas aberto a outros métodos. 

 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior marcou presença, esta tarde, na cerimónia de entrega das Bolsas de Excelência, mas antes disso visitou a Ínsula das Carvalheiras. Em declarações à RUM, Manuel Heitor defendeu a importância do ensino experimental em todas as áreas do saber. “Para termos respostas temos de fazer perguntas e isso só é possível através de um contacto com a realidade”, refere. 

O ministro aproveitou o momento para felicitar a Universidade do Minho e o reitor, Rui Vieira de Castro, pela sua “coragem” em premiar a excelência neste período de incerteza. Manuel Heitor voltou a garantir que o próximo ano lectivo contará com aulas em regime presencial abrindo, no entanto portas a “outros métodos inovadores”. 

Este ano, metade dos jovens com 20 anos ingressou no ensino superior. Um marco histórico, sendo que há 40 anos eram apenas 12% e há cinco anos 40%. O ministro anuncia que o Governo pretende continuar a alargar a massificação do processo de ensino. “Metade neste momento não é suficiente. Queremos que 6 em cada 10 jovens participem no ensino superior”, declara. 

Trabalho, paixão e resiliência. Factores chave para alcançar a excelência. 


Chegou à UMinho, em 2019, com uma nota de ingresso de 19,6. Sara Arezes é natural do concelho de Ponte da Barca e integra actualmente a licenciatura de Economia. Para a jovem a prioridade de qualquer aluno deve ser o estudo. Contudo, defende que “seria uma perda muito grande” não haver contacto com outros projectos e actividades. Isto porque na prática, na sua opinião, o “enriquecimento no final da licenciatura ou mestrado acaba por ser muito mais do que a educação meramente formal”. 

José Coelho está no terceiro ano da licenciatura em Química e conta com uma média de 18,5. Para o estudante de mérito o apoio dos professores é fundamental na construção do sucesso. Porém, “os estudantes têm de mostrar iniciativa própria para que esse sucesso se venha a replicar”. Actualmente, o aluno está a trabalhar num projecto no âmbito dos biopesticidas com o intuito de combater pragas e perceber qual o impacto ambiental dos biopesticidas. 

Uma verdadeira história de resiliência é a de Cristiano Rodrigues. O ano de 2020 marca a conquista de um objectivo. Com uma média de 19,6 no curso de Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores, o estudante conseguiu a bolsa de mérito.

“No ano passado por uma décima não consegui. É preciso ter muita capacidade de resiliência, mas também construir um equilíbrio entre o estudo e a vida pessoal”, explica. O estudante terminou o curso com mestrado integrado e já se encontra a trabalhar. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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