UMinho regista duas denúncias de assédio moral contra professores
A Provedora do Estudante da Universidade do Minho, Rosa Vasconcelos, recebeu até agora duas queixas por assédio moral contra professores da instituição. As denúncias surgiram apenas nos últimos dias, confirmou aos microfones da RUM a provedora que acredita que com o tema mais presente na discussão pública, as pessoas sentem-se encorajadas a denunciar, manifestando a convicção de que nos próximos dias possam dar entrada mais queixas deste tipo. “Já começaram a chegar queixas, foram duas de assédio moral”, revela. Na opinião da docente, o facto de o tema estar na ordem do dia ajuda a mudar a atitude das vítimas. “Muitas vezes as pessoas têm medo de represálias e outras têm vergonha, não gostam de dizer que foram vítimas dessa situação”, explica.
A provedora do estudante da Universidade do Minho apela à denúncia por parte das vítimas e lembra o caráter sigiloso dos processos que dão entrada no seu gabinete. “Todos os casos são confidenciais e dos casos acreditados normalmente saem recomendações genéricas. Se os alunos quiserem podem contactar por telefone, enviar um email ou agendar uma reunião. O gabinete está sempre de porta aberta”. sublinha.
Até agora, os provedores de diferentes instituições de ensino superior partilharam documentos tendo em vista a abordagem. Recorde-se que vários professores universitários foram suspensos das respetivas instituições enquanto os casos em que são visados seguem os trâmites legais.
Provedores reúnem para resposta comum no caso de registo de denúncias de assédio
Na passada sexta-feira decorreu, em Braga, uma primeira reunião com três provedores e um jurista relacionada com o tema do assédio sexual ou moral nas universidades, no sentido de uma resposta unânime sempre que as provedorias registem denúncias deste tipo.
Para a próxima quinta-feira, dia 27, a discussão será alargada a provedores de todas as instituições de ensino superior do país, na iniciativa mensal ‘A hora do provedor’.
