UMinho vai contratar 25 novos profissionais

A Universidade do Minho vai contratar 25 novos profissionais que irão reforçar o universo de 3.175 profissionais já existentes. A maioria dos contratados ao abrigo do Código de Trabalho são docentes, assessores, consultores e auditores.
A proposta de alteração do Mapa de Pessoal da UMinho foi apresentada, esta sexta-feira em sede de Conselho Geral, pelo administrador José Eduardo Ferreira.
De acordo com o responsável pela pasta financeira, a chegada de mais 25 recursos humanos “não vai implicar alterações orçamentais”.
“O montante que conseguiríamos libertar por via de processos que estão cabimentados a 14 meses de contratações e que não avançaram, permitiria libertar cerca de 10 milhões de euros. Obviamente que não vamos libertar este montante na sua totalidade, porque, entretanto, existe o impacto por via de avaliações remuneratórias de todos os aumentos salariais que aconteceram e que se vão refletir este ano, designadamente, agora o próximo que tem a ver com o aumento da massa salarial de 1% e o aumento do subsídio de refeição. Portanto, tendo isso em consideração, este montante baixaria dos 9,8 milhões de euros, não se libertaria esse valor, e passaria para um montante de mais de 5,5 milhões de euros”, explica.
Conselheiros pedem mais informações sobre as vagas que serão abertas e em que unidades orgânicas.
Na hora de votar a proposta de alteração ao mapa de pessoal da UMinho, alguns conselheiros expressaram o seu desconforto, visto que consideraram a exposição “genérica”, logo a aprovação seria um “voto de confiança cego”. Cláudia Pascoal e Tiago Miranda foram dois dos conselheiros que pediram mais pormenor na apresentação das vagas.
Já Joana Arantes questiona a estratégia da UMinho no que toca à contratação de 15 docentes a tempo parcial, o que, na sua ótica, contribui para a “instabilidade” da profissão. A contratação de três assessores/consultores/auditores também gerou curiosidade.
O representante dos trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, Victor Soares, critica a ambição da UMinho em contratar profissionais externos para o departamento de informática que terá uma redução de 10 postos de trabalho, mais concretamente, dois especialistas e oito técnicos. Uma estratégia que o conselheiro não concorda “na totalidade”.
Resposta do reitor da Universidade do Minho
Em resposta, o reitor Rui Vieira de Castro refere que o modelo de apresentação pode ser melhorado e garante que as vagas foram acordadas depois de um processo de auscultar das unidades orgânicas.
“Neste momento não podemos contratar trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, se não ao abrigo do Código de Trabalho. E investigadores a mesma coisa. Quanto aos docentes universitários, o cálculo daquilo que são as necessidades decorre das auscultações que são feitas junto das unidades orgânicas que têm estratégias diferenciadas relativamente a esta matéria. Nós temos unidades orgânicas que entendem, e do meu ponto de vista muito bem, que uma parte do trabalho docente que lhe corresponde deve ser desenvolvido por professores
convidados”, declara.
A proposta de alteração do Mapa de Pessoal da UMinho foi aprovada com sete abstenções e nenhum voto contra.
