UMinho. Violoncelista Madalena Sá e Costa homenageada em Braga

O Departamento de Música da UMinho está a organizar uma jornada de evocação da violoncelista e pedagoga Madalena Sá e Costa, uma das figuras mais emblemáticas da cultura musical de Braga. A homenagem decorre na tarde deste sábado no Edifício dos Congregados.
À RUM, a professora Elisa Lessa, responsável pela iniciativa, sublinha a importância de “relembrar a sua ligação a Braga”, sobretudo por ser um projeto preparado por alunos.
A iniciativa tem início às 16h30, no salão nobre do Edifício dos Congregados da UMinho, com a inauguração de uma exposição dedicada à memória e à influência pedagógica de Madalena Sá e Costa. “Cada aluno é responsável por um painel, com temas relacionados com a sua vida, desde os concertos que deu em Braga à sua ação no conservatório”, menciona Elisa Lessa.
Segue-se uma audição musical, também no salão nobre, protagonizada por três alunos do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, da classe de violoncelo: Ana Francisca Loureiro, João Mota Forte e Dinis Ferreira Teixeira. As obras apresentadas são de Vítor Macedo Pinto e Cláudio Carneiro, partituras que segundo Elisa Lessa, foram coordenadas por Madalena Sá e Costa.
A tarde prossegue com uma conferência de Rui Magno Pinto, que se debruça sobre o papel das violoncelistas em Portugal, evocando Madalena Sá e Costa e Élise Weinlich, figuras incontornáveis da música em Braga. A palestra promove a reflexão do percurso destas intérpretes e o contributo que deram na música erudita portuguesa.
A fechar a sessão, acontece o Concerto In Memoriam, pelas 19h00, na Basílica dos Congregados, com obras em trio, composição que Madalena se dedicou ao longo do trajeto profissional. A apresentação está a cargo de António Rosado (piano), Miguel simões (violino) e Hugo Paiva (violoncelo).
A homenagem relembra uma das figuras maiores da música portuguesa do século XX. Madalena Sá e Costa nasceu em 1915, no Porto, mas assumiu uma ligação forte à cidade dos arcebispos, ao lecionar no Conservatório de Braga, onde marcou profundamente a formação de gerações de violoncelistas.
Escrito por Marta Ferreira e editado por Marcelo Hermsdorf
