Unanimidade na recuperação do Centro Cultural Dr. Franciso Sanches

O executivo municipal de Braga aprovou hoje o projeto de execução do Arquivo Municipal que será instalado no Centro Cultural Dr. Francisco Sanches. Corresponde à primeira fase de uma obra mais ambiciosa que vai custar aos cofres da autarquia pelo menos cinco milhões de euros.

Na reunião desta manhã de segunda-feira, 17 e maio, o autarca Ricardo Rio justificou a escolha do edifício apenas para fins culturais depois de terem sido equacionadas, no passado, outras possibilidades. Recorde-se que a antiga escola esteve para ser denominada de centro cívico para acolhimento de estruturas de caráter social. Rio diz que “por uma questão de clareza de conceito” e tendo em vista a estratégia cultural Braga 2030, optou-se por afetar o espaço “em exclusivo para uma dimensão cultural”.  Em tempos esteve também em cima da mesa a instalação da nova sede da Junta de Freguesia de S. Victor.


O autarca nota que esta fase da obra incluirá não só a criação do Arquivo, uma vez que por força das caraterísticas do edifício, “muito amplo” e “relativamente degradado”, mas também as coberturas e fachadas”, daí que os encargos ascendam a um milhão e 700 mil euros mais IVA. “Há aqui uma dimensão de criação de condições infraestruturais que vai servir para todo o projeto, mas que tem que ser feita agora”, justificou.


Bárbara de Barros, vereadora da CDU, saudou o processo que considera ser “um primeiro passo” de uma reabilitação de “um edifício que será uma mais valia muito grande para o concelho”.

A vereadora, que desde hoje assume este cargo de forma efetiva, deixou alguns conselhos à maioria. Sugeriu “uma estratégia que “defina exatamente o que ali vai ser albergado” para evitar “uma experiência parecida com o que aconteceu na antiga Estação, que também seria dedicada a associações culturais, mas que não correu bem”. “Tem de ser um outro exemplo de como se podem integrar as associações culturais. Antes de definir seja o que for deve-se falar com o movimento associativo. Seria interessante envolver o conselho municipal de cultura”, acrescentou aquela vereadora que pretende “um sítio que agregue as reais necessidades” e permita “novas valências de cultura da cidade que não têm lugar no concelho”.

À semelhança da CDU, o vereador do Partido Socialista, Artur Feio, considerou que o conselho municipal cultural “devia ter sido ouvido” neste processo, e saudou a pretensão agora manifestada pela maioria no executivo municipal.

Ricardo Rio acrescentou que “houve uma auscultação quase direta a praticamente todos os agentes culturais no sentido de identificar necessidades”.

Sobre as críticas ao edifício da Estação, o autarca admitiu que “o grande problema foi a necessidade de praticamente ter de refazer a obra”. 

Também sobre esta matéria, a vereadora da Cultura, Lídia Dias pediu a palavra. Sobre o Conselho Cultural Dr. Francisco Sanches, Lídia Dias realçou que o espaço vai ajudar a combater “a falta de espaços para a criação artística”, problema identificado por todos os agentes. “Um espaço multifacetado que permite trabalhar a dança, a música, o teatro, as artes performativas, o novo circo e as residências artísticas”, realçou, referindo ainda a nova galeria que “permitirá também dar resposta a outra necessidade que precisa de ser colmatada”, concluiu. 

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Elsa Moura
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