União dos Sindicatos monta pinheiro de natal na Arcada para pedir aumento dos salários

A União dos Sindicatos de Braga (USB) montou esta tarde na Avenida da Liberdade, junto à Arcada, em Braga, um pinheiro de natal improvisado com as principais reivindicações do grupo sindical junto do Governo.
Através da colocação simbólica de caixas de prendas nos ramos de uma árvore, a USB exige o aumento progressivo do salário mínimo gradual para 850 euros e de 90 euros para todos os trabalhadores, a redução gradual para as 35 horas semanais, e a revogação de normas que diz ser gravosas do código de trabalho.
À RUM, o coordenador da USB, Joaquim Daniel, disse que o aumento dos salários é necessário para fazer crescer o poder de compra dos consumidores, referindo que o aumento salarial entre 2015 e 2019 representou “um salto” na economia. “Aumentando-se o poder de compra e o consumo das famílias e dos trabalhadores, apoiam-se também as pequenas e médias empresas”, assinalou.
O sindicalista criticou ainda o comportamento dos grandes grupos económicos “e multinacionais que pegam nos milhões de euros de lucro e colocam-nos nos países de origem”, acusando-os ainda de estarem à frente das pequenas e médias empresas no acesso aos principais apoios do Governo, como o lay-off.
“As grandes empresas, por terem máquinas jurídicas e contabilísticas, têm condições para aceder a esses apoios mas as pequenas e médias empresas não”, disse, sublinhando que o sector da restauração foi o que mais dofreu com a pandemia da Covid-19.
Joaquim Daniel referiu ainda, em relação à contratação colectiva, que a USB defende a eliminação “definitiva da norma da caducidade da contratação colectiva”, apesar de reconhecer que a recente aprovação na Assembleia da República que impossibilita as empresas de recorrer, durante dois anos, à caducidade das convenções colectivas “deu razão” às exigências dos sindicatos.
