Universidade de Bolso assume-se como um festival de pensamento em Guimarães

A conferência internacional ‘Universidade de Bolso’, criada por João Sousa Cardoso, vai decorrer de 27 a 29 de maio no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Coabitação e novas temporalidades é o mote escolhido para a primeira edição da iniciativa. O foco prende-se com a atualidade dos direitos das minorias étnicas nas sociedades contemporâneas.

A Universidade de Bolso propõe, ao longo de três dias, a criação de uma comunidade efémera de vivência, observação, reflexão e debate aberto em torno de questões atuais, locais e globais. Na apresentação do projeto, esta segunda-feira, João Sousa Cardoso sublinhou que o objetivo é criar um “festival internacional de pensamento” e fazer de Guimarães um lugar anual de encontro. “Um lugar de pensamento do século XXI em que cultura popular e a intelectualidade convergem para uma experiência transgeográfica, transcultural e trans-histórica”, explica. 

O encontro é composto por oradores, pensadores e artistas internacionais, convidados a proferirem uma aula pública com os habitantes, estes são residentes locais que vão testemunhar e partilhar um itinerário pessoal, por fim os observadores são dois convidados que vão acompanhar no terreno todo o programa.

Nesta edição, os oradores são Françoise Vergès, Vladimir Safatle e Mary Enoch Elizabeth Baxter. Svitlana Baptista e Niranjan Sapkota são os habitantes e Yvane Chapuis e António Guerreiro os observadores.

Ricardo Freitas, diretor executivo d’A Oficina, revela que a Universidade de Bolso vai “permitir pensar sobre o quotidiano e os problemas que vão surgindo e de que forma podem ser respondidos”. Já Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura do Município de Guimarães, aponta as sementes criadas no concelho para “fomentar a cidadania”.