Universidade do Minho vence Arqus Teaching Excellence Award

A Universidade do Minho recebeu o Teaching Excellence Award da Arqus. O prémio reconhece projetos de ensino inovadores, entre as propostas submetidas pelas nove universidades parceiras da aliança europeia, e destacou a unidade curricular (UC) de Medicina Humanitária.

Atribuída na categoria ‘Ensino baseado na investigação’, a distinção foi entregue na Conferência Anual da Arqus, que terminou, esta quinta-feira, em Graz, na Áustria. Margarida Correia Pinto, uma das professoras responsáveis, mostra-se satisfeita pelo reconhecimento de um projeto que “olha mais para as minorias, para as pessoas mais vulneráveis, capaz de colocar a pensar os estudantes e a sociedade sobre o que se pode fazer de forma mais ativa para respeitar diariamente os direitos humanos”.

Além de Margarida Correia Pinto e Jorge Hernâni Eusébio, docentes da Escola de Medicina, também estão envolvidos no projeto os ex-alunos Beatriz Costa, Carolina Lopes, Carolina Martins, Célia Araújo, Duarte Baptista e Nuno Madureira.

Na altura em que eram estudantes, através da associação de voluntariado Porta Nova, criada em 2017, lançaram as bases para a UC de Medicina Humanitária. A professora explica que os alunos “sentiam falta” de abordar esta vertente nas aulas. “É muito bom para nós, professores, ouvirmos e deixarmos os estudantes fazerem. Quando sentem que há falhas no nosso ensino, em vez de reclamarem, podem arregaçar as mangas e fazer”, acrescenta.



Valor do prémio será utilizado para melhorar funcionamento da disciplina

O prémio materializa-se em 5.000 euros para aplicar no ensino. Olhando para a dinâmica da UC, que é opcional e se destina a alunos do segundo ano, Margarida Correia Pinto diz que a verba pode ser útil para ajudar a solucionar “vários problemas financeiros” que limitam a sua “sustentabilidade”.

Explica que a disciplina conta com quatro jovens médicos, juntando-se a estudantes, docentes, representantes de Organizações Não Governamentais e a cerca de 20 profissionais ligados a outras áreas, como psicologia e jornalismo. Apesar de todos colaborarem de forma voluntária, a nível logístico, acarreta “alguns gastos”.


Por outro lado, os alunos têm como principal elemento de avaliação “desenhar um projeto de intervenção que se dedica a um tema ou a um problema de uma comunidade minoritária ou uma comunidade mais vulnerável”. A funcionar pelo segundo ano letivo, a docente adianta que o objetivo é “implementar algumas das ideias já apresentadas”, relacionadas, por exemplo, com a comunidade cigana, população que vive ou viveu nas prisões, toxicodependentes, trabalhadores do sexo e estudantes internacionais com dificuldade de integração.

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Tiago Barquinha
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