“Universidades não se podem isolar e devem chamar empregadores”

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defendeu esta terça-feira que o futuro das universidades “não pode ser feito em isolamento” assinalando que será necessária a presença de “empregadores públicos e privados” nas instituições de ensino superior para ultrapassar, no imediato, a crise causada pela pandemia da Covid-19. Manuel Heitor participou num dos debates da iniciativa ‘Skills 4 pós-Covid – Competências para o futuro‘, promovida pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que teve lugar no campus de Azurém da Universidade do Minho.


Atendendo aos dados que apontam aos mais de 400 mil desempregados e 1,2 milhões de portugueses em situação de emprego vulnerável, o governante aproveitou a ocasião em Guimarães para anunciar um programa da Fundação de Ciência e Tecnologia que pretende, já nos meses de Junho, Julho e Agosto, “combinar investigação e formação pós-graduada para as universidades que se queiram mobilizar com empregadores e formar pessoas” que estejam em situação laboral instável.


A relação mais próxima entre o conhecimento produzido nas universidades e aqueles que empregam foi a resposta assente na sessão para superar a crise gerada pela pandemia. O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, assinalou que as instituições de ensino superior “não podem ter uma atitude reactiva e de readaptação”, devendo sim “encontrar soluções inovadoras, a partir da geração de conhecimento novo e da sua transferência para contextos não académicos, no quadro de parcerias estabelecidas com o tecido económico e social”.

O responsável ressalvou que a relação entre universidades, empresas diferentes e organismos públicos é a resposta para o “futuro das regiões e do país” e, nesse aspecto, destacou que a Universidade do Minho dispõe “de competências, criatividade e infraestruturas” para responder a “soluções diferenciadoras”, até pela “excelente rede de parceiros que a Universidade do Minho tem na região Norte”.

Apesar da proximidade a empresas e aos vários organismos públicos, como os municípios, a Universidade do Minho, realçou Rui Vieira de Castro, tem de olhar, agora mais do que nunca, para os “territórios europeus e de língua portuguesa” para “expandir a sua oferta formativa”.

Ensino à distância chegou a 250 mil alunos mas é preciso “valorizar interacção pessoa a pessoa”

Manuel Heitor reiterou hoje na Universidade do Minho a mensagem que deixou ontem no ISCTE, em Lisboa, de que o ensino presencial tem de voltar. Apesar de lembrar que, em pouco mais de dois meses, o ensino remoto foi utilizado, em pouco mais de dois meses, por 250 mil estudantes, o governante lembrou que “os processos de ensino e aprendizagem passam obrigatoriamente pela presença das pessoas”, apelando à valorização “da interacção de pessoa a pessoa”.


“É preciso chamar os estudantes aos campi do ensino superior para passar a mensagem de como é que se vive numa sociedade com risco, sempre com regras e responsabilidade”, enfatizou.

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Pedro Magalhães
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