“Vamos vencer por falarmos a verdade e por não atropelarmos ninguém”

É com confiança no trabalho desenvolvido no último mandato, e muitas críticas ao seu opositor, que Joaquim Barreto se apresenta novamente a votos perante os militantes socialistas do distrito de Braga no próximo sábado, 18 de Julho. Em entrevista à RUM, o actual presidente da Federação e recandidato não poupa nas críticas ao seu opositor, Ricardo Costa. 

O socialista lembra que apresentou a recandidatura pelo seu serviço no PS, mas também pelo desafio que lhe foi lançado no Verão passado por um conjunto de jovens militantes de vários concelhos, incluindo o seu adversário actual, Ricardo Costa. 

A justificação foi o mote para reafirmar que todos “estranharam o golpe” do também vereador do PS na CM de Guimarães, que Joaquim Barreto acusa de “faltar ao compromisso e à palavra”.

Questionado pela RUM sobre a desavença e eventuais tentativas de diálogo, o candidato da lista A admite que nunca procurou falar com Ricardo Costa depois do mesmo ter apresentado a sua candidatura, já que se tratava de um facto “consumado”.

Joaquim Barreto destaca o apoio “de muitos jovens que se têm envolvido em trabalho partidário”, e avisa que os militantes “vão votar para avaliar um mandato que decorreu entre 2018 e 2020” com um trabalho “muito bom” graças a “duas vitórias eleitorais”, referindo-se às europeias, com a eleição de Isabel Estrada Carvalhais e a eleição de mais um deputado nas eleições legislativas de 2020. Há quem critique as sucessivas derrotas do PS no distrito nas mais recentes eleições autárquicas, mas o socialista lembra que apesar de não terem corrido bem, este é um assunto relativo a outro mandato da Federação.

“O trabalho fala por nós, foi bom, temos o respeito das instituições e das pessoas. Temos desenvolvido uma actividade para que haja uma maior identididade com aquilo que são as vontades das populações”, diz.

Joaquim Barreto admite que preferia que o acto eleitoral tivesse acontecido em Março até porque nesta altura as preocupações dos militantes não são tanto o partido, mas mais a covid-19.

“Ricardo Costa tem falta de memória e traz críticas fora de tempo. O resultado ideal seria ter mais câmaras PS em 2021″.

De olhos postos na reeleição, o candidato da lista A afirma que em 2021 “há um desafio muito importante”, referindo-se às autárquicas. O socialista lembra que a Federação tem o poder de homologar as candidaturas, mas que “quem escolhe os candidatos autárquicos são as comissões políticas concelhias”. Uma nota dirigida, uma vez mais a Ricardo Costa. “Queremos que os candidatos sejam indicados pelas concelhias e avaliados pela Federação, mas vamos procurar que cada concelhia encontre os melhores candidatos para ganhar a maior parte dos concelhos do distrito de Braga”, vinca. 

Desde 2017 o distrito de Braga conta apenas quatro concelhos com autarcas do PS e esta é uma das críticas de Ricardo Costa. Ora, na resposta, Joaquim Barreto lembra que o seu opositor “pertenceu à equipa que contribuiu para esse resultado que agora considera mau”, assinalando ainda que no congresso de 2018, o candidato da lista B “aprovou a moção e não levantou qualquer questão”. “Estas críticas chegam fora de tempo e revelam uma questão de falta de honestidade intelectual”, acrescenta. O antigo autarca de Cabeceiras de Basto admite, no entanto, que as coisas “não correram bem”, não só neste distrito, como noutros do país.


“A primeira coisa que Ricardo Costa fez foi dividir a sua própria concelhia” 

Joaquim Barreto está confiante na vitória e lembra que tem representação nos 14 concelhos do distrito, ao contrário de Ricardo Costa, sem candidatos a delegados ao Congresso num conjunto alargado de concelhos. 

“A nossa candidatura divide e tem candidatos em todos os concelhos? Ricardo Costa é que tem uma candidatura que aparece já a dividir”, denuncia. 

Num ataque sistemático a Ricardo Costa, Joaquim Barreto acusa o socialista vimaranense de problemas de memória e de desrespeitar os socialistas do seu concelho, nomeadamente Domingos Bragança e Luís Soares. “Ele divide o distrito e mais grave, uma das melhores concelhias que temos e que tinha uma unidade muito forte era Guimarães e a primeira coisa que ele fez foi dividir a própria concelhia”, atira.

Confiante na eleição no próximo sábado, Joaquim Barreto avisa que a sua candidatura “não quer atropelar os mais novos nem empurrar os mais antigos”.

Joaquim Barreto pede “respeito” por um trabalho de dezenas de anos e garante que a sua candidatura, ao contrário da de Ricardo Costa “não quer atropelar os mais novos nem empurrar os mais antigos, que deram tudo de si ao partido e que merecem respeito para continuar um trabalho que precisa de ser respeitado”.

Educação, saúde, social, mobilidade, inovação, ambiente e combate à desertificação são áreas prioritárias da candidatura da lista A, disse ainda Joaquim Barreto que garante uma federação “capaz de agregar vontades e de valorizar acções que promovam o distrito” nos próximos dois anos.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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