Variante do Cávado não vai resolver os problemas de mobilidade dos vicentinos

A Variante do Cávado não vai resolver os problemas de mobilidade principalmente dos vicentinos. Quem o diz é o presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente, Daniel Pinto.
No último fim-de-semana, o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, endereçou uma carta ao primeiro-ministro e à ministra da Coesão Territorial, onde pediu a inclusão da finalização da Variante do Cávado (ligação Frossos-Ferreiros), assim como a sua extensão até aos parques industriais de Pitancinhos (Palmeira) e de Adaúfe no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Ora, aos microfones da RUM, o autarca Daniel Pinto declara que o Governo e a IP – Infraestruturas de Portugal não se podem “demarcar dos compromissos”, visto que diariamente os vicentinos “sentem na pele” o impacto do trânsito para entrar e sair da cidade, no Nó de Infias.
Recorde-se que em abril de 2022, foi anunciado que a reorganização viária do Nó de Infias seria uma realidade até 2024. A empreitada orçada em 6 milhões de euros e que será assumida pela IP continua por avançar no terreno. São cerca de 110 mil os veículos que diariamente circulam neste local.
Outra das dores de crescimento da cidade dos arcebispos está relacionada com a falta de habitação. Daniel Pinto revela que muitos cidadãos acabam por acorrer à Junta de Freguesia pois estão a passar por situações complicadas.
O autarca aponta a uma solução que envolva os privados, de modo a combater verdadeiramente este flagelo e de uma forma rápida, pois o programa ´Mais Habitação` é uma resposta, mas não a curto prazo.
“Parece-me que, às vezes, se anda a empurrar o problema com a barriga. É importante perceber como na morfologia do território e na ocupação que temos da cidade construída podemos encontrar soluções ou transformações de espaços que permitam acomodar as pessoas. Esta questão não será efémera. Hoje fala-se de lojas ocupadas e outro género de espaços que não reúnem condições, mas em conversa com os proprietários até podem ajudar a combater este problema”, defende.
