Vereadora da CDU diz que Zonas 30 só funcionam com investimentos complementares

A vereadora da CDU em Braga lamentou esta segunda-feira que o projeto de implementação das zonas 30 continue a não ser acompanhado por respostas complementares que desincentivem o uso do automóvel.

À semelhança de outras praças convertidas em ‘zonas 30’, na Praça do Bocage, em São Victor, os moradores estão “instatisfeitos” com alguns erros detetados nesta obra, nomeadamente o estacionamento que se mantém “insuficiente”. O assunto foi levantado no final da reunião de câmara pela comunista depois de uma acção de contacto com os moradores.


Bárbara de Barros afirma que a intenção é “positiva”, mas a resposta não está devidamente articulada. “Deste balanço nas zonas 30, vamos reparando que os objetivos são nobres, mas a verdade é que nas zonas onde tem sido implementado, há mais ou menos queixas, mas a primeira queixa é a retirada de estacionamento”, começa por denunciar a vereadora da oposição lembrando que as famílias continuam voltadas para o uso do automóvel por falta de alternativas. “Estes processos seriam idealmente acompanhados com alternativas sérias como transporte público”, indicou. Na Praça do Bocage, os moradores explicaram que havia uma bolsa de estacionamento prevista e que foi identificada uma outra zona em que o município estaria a aguardar para saber se podia ou não utilizar para estacionamento.


Na resposta aos apontamentos deixados pela vereadora comunista, o vereador Miguel Bandeira disse estar de acordo com o diagnóstico traçado, ainda que o considerasse “descontextualizado”.

É um assunto muito discutido, está na agenda de qualquer executivo e corresponde a um projeto de transição com situações “duras”. 

“Hoje estamos a falar de ‘áreas mais’  que começaram por uma intervenção tendo em vista a mobilidade sustentável e que acabou por incidir numa realidade com muitos carros. As ruas não alargam, mas os automóveis estão continuamente a aumentar. É natural que as pessoas chamem à atenção para outros pontos de intervenção”, esclareceu o responsável pelas pastas da Regeneração Urbana, Património, Relação com as Universidades, Urbanismo, Planeamento, Ordenamento e Mobilidade. Recordando que os programas de financiamento não abrangem algumas matérias, Miguel Bandeira garantiu que muitas das reivindicações serão tidas em conta. “Há mais valias que não têm a dramaticidade do que vamos ouvindo. Não temos que criar mais lugares de estacionamento, o que a Europa diz é para retirarmos os carros da cidade”, vincou afirmando que estes processos exigem “prudência e sentido de responsabilidade”.

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Elsa Moura
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