Vice-reitora da UMinho teme futuro “incerto” para o Superior depois da demissão de Costa

A vice-reitora para a Cultura e o Território da Universidade do Minho, Joana Aguiar e Silva, diz que o futuro é “incerto” para o Ensino Superior, depois da demissão de António Costa.
Após um longo período de tempo para que o Governo reconhecesse o subfinanciamento da UMinho face a outras universidades, Joana Aguiar e Silva teme que, com a demissão do primeiro-ministro, esta terça-feira, e o país em suspenso, se volte à estaca zero.
“Senti as dificuldades com a não aprovação do Orçamento do Estado, que obrigou a um ano vivido em duodécimos e é uma forma muito mais incerta de trabalhar. Muitos dos projetos terão que ser repensados, numa altura em que as candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência já estavam a ser preparadas”, afirmou.
O período de “incerteza” obriga a instituição a “ter calma e ser humilde nas ambições”, alimentando a “esperança que as coisas possam correr pelo melhor”.
No 47.º aniversário do Instituto de Ciências Sociais, esta quarta-feira, Joana Aguiar e Silva referiu ainda que “o otimismo quanto ao futuro” foi substituído por um discurso com reservas. “Espero que tenhamos capacidade para que levar o barco a bom porto, mas, sem dúvida, que o panorama é preocupante”, concluiu.
