Vimaranense lança livro sobre a missão das cidades no combate às alterações climáticas

“A Missão das Cidades no combate às alterações climáticas”, a Governança Multinível para o Êxito da Saúde Planetária, é o título do livro da autoria do vimaranense Jorge Cristino, cuja apresentação decorre esta quarta-feira, ao final da tarde, em Lisboa. A obra surge da frequência do vimaranense no Mestrado em Relações Internacionais na Universidade do Minho e da sua experiência no executivo municipal de Domingos Bragança que o levou à participação na COP 21, realizada em Paris no ano de 2015. Um livro que Jorge Cristino classifica como “pragmático e com ações concretas”.


À RUM, Jorge Cristino refere que a obra revela o peso das cidades nesta temática e surge numa altura oportuna para “dar a importância devida àquilo que é o peso e a boa interferência que as cidades têm feito, principalmente através das redes de cidades, junto das grandes organizações internacionais como as Nações Unidas e a União Europeia”. Na opinião do autor, “muitas vezes não é assumido oficialmente que as cidades tenham este nível de interferência”.

O vimaranense assinala que a publicação é uma das “ferramentas necessárias” para as cidades do futuro tendo em vista o combate às alterações climáticas até porque é preciso “assumir que os compromissos internacionais que os estados firmam possam ter um nível de hierarquização até às cidades”. Por isso, defende, “em primeiro lugar”, a definição de “um conjunto de indicadores e uma métrica ao nível ambiental” com variação de país para país, ainda que as emissões não deixem de ser um indicador, mas de forma não oficial. Após esta definição, Jorge Cristino sugere que os indicadores sejam utilizados “como medição da performance ambiental dos dados das cidades, das organizações e, no limite, a monitorização da pegada ecológica das próprias cidades”. Assim, esta métrica “pode influenciar os orçamentos das cidades, dos estados e das organizações e redistribuir, em função dessa performance, o valor associado”.

Em Portugal, as estimativas apontam para que a partir de 2030, cerca de 80% da população viva em em duas áreas metropolitanas: Lisboa e Porto. “Temos que perceber que é nestas áreas urbanas que nós temos de fazer um maior esforço para descarbonizar e reduzir as emissões”, conclui o autor da obra.

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Elsa Moura
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