Volt. “Educação é o principal investimento que Portugal tem de fazer”

“A educação é o principal investimento que Portugal tem de fazer”. Esta é a premissa defendida pelo Volt, em entrevista à RUM, que já pode ouvir na integra aqui.

O cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga, Miguel Amador, aponta como estratégica a aposta na educação, de modo a aumentar os níveis de literacia digital no país. O candidato defende que o país não pode continuar a ter 40% dos jovens a não ingressarem no ensino superior por impossibilidade de pagar habitação. 

O Volt vai propor alojamento gratuito e o aumento dos apoios sociais em termos de bolsas. Além disso, o partido pan-europeista quer facilitar o regresso às instituições de ensino superior, sendo que os cidadãos teriam facilidade em despedir-se. Nestes casos teriam acesso ao subsídio de desemprego.

Para incentivar os jovens a seguir para o ensino superior, o Volt exige um maior investimento público na construção de residências universitárias e apoio à habitação com rendas acessíveis.

No que toca à mobilidade e ambiente, o Volt apresenta um Plano de Aposta na Ferrovia que dará prioridade a ligações intermunicipais. Miguel Amador frisa que o Volt é “pragmático”, ou seja, primeiro irá tentar perceber qual a melhor opção em termos de custo e eficácia nas ligações quer entre Braga e o distrito do Porto quer entre cidades do quadrilátero.

O candidato intitulado como centrista acredita que “o investimento público sendo bem feito e avaliado justifica”, contudo deixa críticas ao investimento de mais de 2 milhões de euros em ciclovias que servem mal as necessidades dos bracarenses. “Alguém que tente ir dos estúdios da RUM para o Hospital e veja as dificuldades que isso acarreta”, alerta.

Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Miguel Amador lamenta, aos microfones da Universitária, que uma das maiores oportunidades de investimento do país não tenha sido discutida com as autarquias. 

O Volt defende a regionalização, na medida em que existe uma maior democracia e, a cima de tudo, torna-se “mais fácil fiscalizar as autarquias do que os Ministérios”. Posição que pode parecer “antagónica” para um partido que fomenta “um federalismo europeu, ou seja, uma União Europeia mais forte, mas é a nível democrático e não ao nível de controlo de recursos”, explica.

O Volt assim como o Livre e o PAN defende um estudo piloto para a implementação do Rendimento Básico Incondicional (RBI). Na ótica do partido, no futuro, não vai haver emprego para todos, logo é fundamental encontrar formas de “taxar menos o emprego e o trabalho e começar a taxar outra criação de riqueza à custa da transição digital”. Miguel Amador não tem dúvidas que a economia está a crescer, porém a riqueza não está a ser distribuída. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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